O descarte e direcionamento correto dos resíduos nos condomínios colaboram com a preservação do meio ambiente e pode gerar renda e aumentar valor do imóvel.
O setor imobiliário possui grande diversidade de modelos residenciais, com diferentes estruturas, padrões de consumo, atividades. De casas ou de apartamento, os condomínios geram grande quantidade de resíduos. Estima-se que no Brasil, um habitante seja responsável pela produção de aproximadamente 387 quilos por ano.
Grande parte desse lixo vai para aterros sanitários ou lixões. Porém com uma gestão de resíduos dentro dos condomínios e um trabalho de conscientização de moradores o destino poderia ser outro, gerando menos lixo e obtendo vantagens para o imóvel e condôminos.
Um empreendimento que se destaca pela criação de valores, criando programas ambientais, como a gestão de resíduos, e preocupado com a qualidade de vida de seus moradores agrega valor ao imóvel e tem vantagem competitiva no mundo imobiliário.
Como começar uma gestão de resíduos sólidos?
Síndico, condôminos e administradora, juntos, devem criar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), um documento dos princípios da gestão de resíduos. Ele identifica os tipos de resíduos gerados pelo condomínio e quais serão as práticas adotadas e as instruções que deverão ser feitas durante todo o processo de descarte e quais as destinações finais.
Nesse documento deverá conter também o orçamento detalhado, quais foram as soluções propostas e sua execução deverá ser feita de maneira integral, por todos os envolvidos. Para surtir resultados positivos deverão ocorrer fiscalizações e avaliações periódicas.
A divisão dos resíduos começa dentro das casas e apartamentos, pelos próprios moradores, e seu descarte correto ou destinação final é feita pelo condomínio. Dependendo do tipo de resíduo pode contar com profissionais de cooperativas, funcionários do condomínio ou até mesmo com os próprios moradores para auxiliar nas tarefas.
Quais são os tipos de resíduos sólidos gerados e qual melhor destino de cada um?
Cada tipo de resíduo gerado necessita ter seu destino adequado para gerar impacto positivo ao meio ambiente e também conseguir trazer algum benefício para condomínio e condôminos.
Materiais recicláveis
Tem como principal destino a coleta seletiva. Essa coleta pode ser feita diretamente por uma cooperativa em parceria com o condomínio, que fica responsável, principalmente, por verificar o descarte correto feito pelos condôminos.
É importante que o condomínio tenha um local adequado para esse descarte, separado dos resíduos orgânicos, e que os moradores respeitem essa divisão.
O condomínio pode também realizar a coleta e vender o material para as cooperativas, gerando lucro e podendo utilizar o dinheiro em melhorias nas áreas comuns.
Resíduos perigosos
Alguns resíduos são específicos e necessitam de um descarte com maior cuidado, que se feito incorretamente apresentam riscos à saúde e ao meio ambiente. Óleo de cozinha usado, lâmpadas queimadas, pilhas e baterias, eletrônicos, medicamentos vencidos, precisam de uma destinação final ambientalmente correta.
O condomínio deve instalar pontos de coleta nas áreas comuns. Muitos fabricantes recolhem os resíduos de seus produtos através de uma logística reversa. Esse descarte correto contribui para a diminuição de rejeitos enviados aos aterros sanitários.
Material orgânico
Normalmente vão para o lixo comum, porém existe uma alternativa que diminui a quantidade de resíduo descartado: a compostagem doméstica, individual ou coletiva.
Quando feita individualmente, os moradores têm composteiras em suas casas e alimentam seu próprio sistema. Podem ser colocados restos, talos e casca de verduras e frutas (menos as cítricas), cascas de ovo, borra de café. Os subprodutos gerados podem ser usados como adubo para as plantas, por exemplo.
A compostagem coletiva precisa ser implementada com mais cuidado e planejamento. Um responsável, que pode ser funcionário, síndico ou um morador, precisa abastecer com as matérias orgânicas coletadas pelos moradores e realizar manutenção na composteira. O subproduto pode ser utilizado nas áreas verdes comuns e o condomínio pode criar uma horta comunitária adubada pelo processo de compostagem.
Além de todas as medidas possíveis na gestão de resíduos, o condomínio pode investir em palestras, treinamentos e workshops para todos os responsáveis pelo manejo. É importante que ele disponha de um ambiente adequado para descarte e armazenamento temporário dos resíduos.
Mudar hábitos para diminuir a quantidade de resíduos, criar um consumo consciente, com menos embalagens e sacolas plásticas e procurar produtos com materiais fáceis de serem reciclados ajuda na gestão do condomínio e o meio ambiente.
Proponha soluções conscientes para o seu síndico ou para os moradores. Entre em contato com a GW para saber como podemos colaborar com essas e outras práticas do seu condomínio.